Dormimos em
Ventosa em um albergue charmosíssimo.Desde Roncesvalles (lá no começo da
peregrinação) que não ficava em lugar que tivesse um aconchego como esse.
Depois de uma noite bem dormida, parti, não muito cedo, para caminhar. Me
arrependi, pois nesses últimos dias o caminho tem sido no entorno de muita
rodovia ou estradas, barulho e muito pedregulho. Tudo isso faz com que o calor
reflita muito e assim, andar debaixo do sol do meio-dia não tem sido boa
escolha. Mas tudo bem... Espero que esse tipo de estrada logo acabe e que
voltem as trilhas com mais verde. No momento estou numa região de vinhos (Rioja) e também encontro muitos vinhedos e plantações de trigo.
As minhas
bolhas continuam e agora totalizam três, e todas na sola dos pés, perto dos
dedos. Comecei a andar com meias e sandálias, para ver se o pé respira um pouco
mais. O bom é que tenho conseguido não chutar as pedras. Isso já ajuda, né ?
Durante
parte do meu caminho tive a agradável companhia de Fabian, uma suíça que
conheci no albergue de Ventosa e está há dois dias no caminho, tendo começado
em Logroño, devendo parar em Burgos.
Chegamos
cedo a Azofra e logo fomos para o albergue municipal. Gastei a tarde toda
dormindo, porque durante o último percurso senti muito mal- estar, com náuseas.
Isso também faz parte do caminho pois além do físico, o emocional fica muito
sensível e estou aberta para que as transformações possam acontecer. Então não
estou preocupada, mas tenho tentado estar cada vez mais em contato com Deus,
para que minhas forças aumentem dia após dia!
Ao fim do
dia fui acordada por Suzi, a alemã, com a alegre notícia de que Francesco, um
dos italianos, caminhou aproximadamente 37 quilômetros para conseguir nos
alcançar e assim continuarmos a caminhada todos juntos (eu, Suzi, a alemã,
Cesare e Francesco, os italianos).
Claro que
tivemos uma jantinha com o "menu do peregrino", para comemorar!
Descanso no meio do caminho
Nascer do Sol saindo de Ventosa
O reencontro com Francesco e nosso jantar
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